Roger Federer
Roger Federer
Nascido no dia 8 de agosto de 1981, na Basileia, Suíça, Roger Federer estava predestinado a ser um dos maiores ícones do tênis - e do esporte em geral - de todos os tempos. O suíço começou a jogar tênis com 8 anos de idade e se profissionalizou em 1998, aos 18.
Muito talento e pouca cabeça
Logo que passou a disputar o circuito mundial, Federer já atraía olhares e comentários por jogar um tênis plástico e ser capaz de jogadas espetaculares. No entanto, lhe faltava regularidade para manter o bom nível e paciência. Ao contrário do auge de sua carreira, nessa época o suíço era conhecido por quebrar raquetes e ter o mental frágil. De 1998 a 2002, o jovem Federer foi superando obstáculos e se tornando candidato a ser número 1 no futuro.
Suas grandes conquistas nesse período foram os títulos do ATP de Milão em 2001 (seu primeiro troféu desse nível), o Masters de Hamburgo em 2002 e uma vitória sobre Pete Sampras nas oitavas de final de Wimbledon, onde o americano era heptacampeão e tinha vencido as últimas 4 edições.
Primeiro Grand Slam
Em 2003, Federer começou a temporada como número 6 do mundo e passou entrar no radar de favoritos aos grandes títulos. E foi em Wimbledon onde seu primeiro major foi conquistado. Ao derrotar Mark Phillippoussis em 3 sets, Roger levantou sua primeira taça no templo sagrado do tênis e subiu à terceira colocação no ranking. Naquela temporada, ele ainda superaria André Agassi na final da Masters Cup.
O melhor do mundo e temporadas históricas
Na temporada de 2004, o suíço venceu 11 torneios em 11 finais disputadas. E não foi apenas quantidade, mas também qualidade. Naquele ano, Federer ergueu 3 Grand Slams (Australian Open, Wimbledon e US Open), Masters Cup e 3 Masters Series. Como não poderia ser diferente, Roger assumiu a liderança do ranking logo em fevereiro e só a deixaria 237 semanas depois, batendo por muito o recorde de semanas consecutivas como número 1 do mundo.
O ano de 2005 foi ainda mais impressionante: 81 vitórias e 4 derrotas, mais 2 Grand Slams na mala (Wimbledon e US Open) e 4 Masters Series. O resultado por si só já era impressionante, mas o que mais chamava atenção nos jogos do suíço era a maneira agressiva e sofisticada com a qual ele jogava. Desde essa época, Federer já atraía multidões por onde jogava, tanto é que o suíço ganhou o prêmio de jogador mais querido pela torcida de 2003 até 2015 sem interrupções.
Em 2006, Federer faria a temporada mais brilhante de sua carreira e uma das melhores temporadas de qualquer tenista na história. Com 92 vitórias e 5 derrotas, a lenda suíça alcançou 16 finais em 17 torneios disputados, levantando 12 títulos, entre eles Australian Open, Wimbledon, US Open e Masters Cup.
No ano seguinte, Roger venceria novamente os mesmos 3 Grand Slams e Masters Cup. Na Austrália, o suíço foi campeão sem perder sets; na Inglaterra, o quinto título consecutivo veio após uma batalha de 5 sets contra Nadal; e nos Estados Unidos, o "Darth Federer" bateu Djokovic, ainda no início dessa rivalidade. Apenas a taça de Roland Garros não vinha para coroar o suíço como o maior de todos.
Problema de saúde e fim do reinado
Pela primeira vez desde que assumiu a liderança do ranking, Federer enfrentaria uma temporada complicada. Ao não alcançar à decisão do Australian Open em 2008, depois de 10 finais de Grand Slam consecutivas, a imprensa passou a questionar Roger sobre uma queda de rendimento. Pouco depois, o suíço foi diagnosticado com Mononucleose e preocupou seus fãs.
Mesmo não jogando o melhor tênis de sua vida, e perdendo mais partidas ao longo da temporada do que estava acostumado, Federer alcançou a final em Roland Garros e Wimbledon. Nas duas ele encarou Rafael Nadal e sofreu duas derrotas dolorosas. Na França, um verdadeiro massacre do espanhol afastou o sonho suíço de finalmente vencer o Grand Slam no saibro. Já na Inglaterra, Federer viu seu reinado de 5 anos chegar ao fim após um dos melhores jogos da história do tênis. Pouco mais de um mês depois, Nadal ainda o ultrapassaria no ranking.
Apesar da recuperação de Federer, que levou a medalha de ouro olímpica nas duplas e venceu seu 13º Grand Slam no US Open em 2008 - ficando a um título do recorde de Sampras -, Roger ainda sofreria mais uma grande derrota para seu principal algoz no Australian Open de 2009. Nadal foi campeão em 5 sets e levou Roger às lágrimas no momento da premiação.
O retorno do rei, o primeiro Roland Garros e o maior da história
Após a derrota no primeiro Grand Slam do ano, Federer perdeu outras partidas em que era favorito e chegou até a quebrar raquete, ação rara a essa altura de sua carreira. Porém, a temporada 2009 ainda reservava grandes momentos ao astro suíço.
O primeiro título Federer veio justamente onde menos se esperava: no saibro de Madri, em uma final contra Rafael Nadal. Um mês depois, Roger finalmente ergueria a taça dos mosqueteiros em Roland Garros, após derrotar Robin Soderling na final.
Logo depois, Federer recuperaria o topo do ranking ao ser campeão em Wimbledon após vencer seu freguês Andy Roddick por 16-14 no quinto set. Com o 15º título de Grand Slam, Federer ultrapassou Sampras e passou a ser considerado o maior tenista de todos os tempos. Na sequência, Roger ainda alcançaria a final do US Open e seria campeão no Australian Open de 2016.
Nova queda e temporada sem títulos de Grand Slam
Após o título na Austrália em 2010, Federer penou para encontrar seu melhor tênis. Ao cair nas quartas de final em Roland Garros, o suíço viu uma sequência de 8 finais de Grand Slam ser quebrada e também deixou a primeira colocação no ranking, a uma semana de empatar com o recorde de Pete Sampras de 286 semanas na liderança.
Com apenas um título expressivo (ATP Finals 2010, antiga Masters Cup) entre setembro de 2010 e outubro de 2011, Federer amargou a primeira temporada sem Grand Slam desde 2003 e chegou a ser o número 4 do mundo. Nesse intervalo, ele ainda alcançou a final de Roland Garros 2011 mais uma vez ao derrotar o até então invicto na temporada Novak Djokovic nas semifinais. Porém, ficou com o vice-campeonato pela quarta vez ao ser derrotado por Rafael Nadal.
Ressurgimento da lenda, 7º Wimbledon e arrancada para o recorde
Ainda no final da temporada 2011, Roger Federer reencontrou seu melhor jogo e venceu o Masters de Paris e o ATP Finals pela sexta vez, com direito a atropelar Nadal na primeira fase. O bom momento continuou em 2012 e, apesar de alguns especialistas terem decretado que Federer nunca mais seria o melhor do mundo, o suíço levantou a taça no Masters de Indian Wells e no saibro azul do Masters de Madri.
O melhor momento do ano, no entanto, seria em Wimbledon. Após superar o então número 1 Djokovic nas semifinais, Federer bateu Andy Murray na final e ergueu a taça de Wimbledon pela 7ª vez, seu 17º Grand Slam. Com o resultado, Roger reassumiu o topo do ranking, onde ficou até o início de novembro do mesmo ano, o suficiente para se tornar o recordista em tempo total como o melhor do mundo: 302 semanas. Ainda em 2012, o suíço levaria para casa sua segunda medalha olímpica, dessa vez uma prata em simples.
Contusões e muitos altos e baixos
De 2013 em diante, Federer passou a conviver com algumas contusões, especialmente nas costas. Ao cair para a sétima colocação no ranking, Roger chegou a trocar o tamanho da cabeça da raquete e tornou seu jogo ainda mais agressivo. E as mudanças surgiram efeito. Federer retornou à segunda posição do ranking e foi vice-campeão em Wimbledon mais 2 vezes (2014 e 2015) e vice no US Open em 2015, sempre caindo diante de Djokovic. A lenda ainda liderou o time suíço na primeira conquista da Davis em 2015.
Já em 2016, Roger pouco entrou em quadra. Apesar de ser semifinalista na Austrália e em Wimbledon, Federer deixou de ir à França e quebrou uma sequência de 65 participações seguidas em Grand Slam. Logo depois de Wimbledon, Roger anunciou que não jogaria mais na temporada.